Cabo Frio - Quem anda pelas ruas de Cabo Frio, seja de manhã ou de noite, tem a sensação de que está numa terra sem dono, tamanha a desorganização na ocupação irregular das calçadas. Lojas ocupam o espaço com araras de roupas, brinquedos e todo tipo de objeto. As concessionárias de automóveis fazem delas a extensão do próprio comércio assim como alguns bares e restaurantes que ocupam toda a extensão com mesas e cadeiras. Sem contar na população, que utiliza as calçadas como depósito de material de construção ou estacionamento particular. E o pobre pedestre que se vire para chegar no seu destino. Neste aspecto, quem mais sofre são os chamados cadeirantes, que junto com as mamães que utilizam carrinho de bebê, são obrigados a transitar pelo meio da rua.
Conscientes de que estão errados, os lojistas sequer aceitam conversar. E quem fala, não se identifica, como é o caso da funcionária de uma das lojas da Rua da Alfândega, no centro de Cabo Frio.
- Aqui todo mundo usa a calçada. Precisamos mostrar nossos produtos. Se eles (os outros lojistas) podem usar a calçada, a gente também usa.
Já os funcionários de agências de automóveis garantem que não utilizam a calçada.
- Deixamos sempre um espaço para o pedestre passar – comentou um vendedor que não quis dizer o nome. Mas quando perguntado se uma pessoa em cadeira de rodas conseguiria passar pelo espaço que restou da calçada, ele riu, sem graça, e puxou o carro mais para dentro da loja.
Alguns estabelecimentos vão ainda mais longe: fazem um "puxadinho", uma varnda particular, e ocupam o espaço total da calçada sem a menor cerimônia.
Em recente declaração a uma revista de Cabo Frio, o presidente da Asaerla (Associação de Arquitetos e Engenheiros da Região dos Lagos), Luciano Silveira, disse que o problema da ocupação desordenada das calçadas e outras áreas públicas de Cabo Frio é crônico, "e vem desde governos anteriores".
- Esse não é um "privilégio" apenas de Marquinho. Isso vem desde muitos governos atrás, passando por Bonifácio e Alair. Combater isso é um problema da fiscalização de Posturas. A única contribuição que a Asaerla pode dar é oferecer sugestões, nada mais.
Chefe da Fiscalização de Posturas da Prefeitura de Cabo Frio, Eduardo Leal Guimarães informou que está sendo realizado um trabalho de ordenamento da cidade com distribuição de panfletos nos comércios. No cargo há pouco mais de um ano (20 de janeiro de 2006), ele garante que já está tomando providências.
- Estamos visitando os comércios das Avenidas Joaquim Nogueira, América Central e Teixeira e Souza entregando panfletos pedindo que eles deixem as calçadas livres, contribuindo com os pedestres, a fim de evitar multas. Mas nosso foco são as agências de veículos. Eles são muito abusados. Se acham donos da calçada. Atrapalham cadeirantes, pessoas com carrinho de bebê, carrinho de compras.
A primeira fase deste trabalho, segundo Eduardo, consciente na conscientização e notificação do comerciante infrator.
- Não havendo colaboração, vamos autuá-los, e em caso de reincidência, vamos apreender a mercadoria e levá-la para um depósito público, de onde só poderão ser retiradas após pagamento de multa e comprovação de que a empresa está legalizada. Neste sentido, alguns comércios terão problemas, porque muitos funcionam ilegalmente.
Com relação à reclamação dos ciclistas, que ocupam calçadas e postes para guardar o veículo, Eduardo explicou que está trabalhando junto a outros setores da prefeitura, estudando pontos estratégicos para a colocação de bicicletários. Mas, enquanto isso não acontece, os pedestres continuam se arriscando entre os carros.
Conscientes de que estão errados, os lojistas sequer aceitam conversar. E quem fala, não se identifica, como é o caso da funcionária de uma das lojas da Rua da Alfândega, no centro de Cabo Frio.
- Aqui todo mundo usa a calçada. Precisamos mostrar nossos produtos. Se eles (os outros lojistas) podem usar a calçada, a gente também usa.
Já os funcionários de agências de automóveis garantem que não utilizam a calçada.
- Deixamos sempre um espaço para o pedestre passar – comentou um vendedor que não quis dizer o nome. Mas quando perguntado se uma pessoa em cadeira de rodas conseguiria passar pelo espaço que restou da calçada, ele riu, sem graça, e puxou o carro mais para dentro da loja.
Alguns estabelecimentos vão ainda mais longe: fazem um "puxadinho", uma varnda particular, e ocupam o espaço total da calçada sem a menor cerimônia.
Em recente declaração a uma revista de Cabo Frio, o presidente da Asaerla (Associação de Arquitetos e Engenheiros da Região dos Lagos), Luciano Silveira, disse que o problema da ocupação desordenada das calçadas e outras áreas públicas de Cabo Frio é crônico, "e vem desde governos anteriores".
- Esse não é um "privilégio" apenas de Marquinho. Isso vem desde muitos governos atrás, passando por Bonifácio e Alair. Combater isso é um problema da fiscalização de Posturas. A única contribuição que a Asaerla pode dar é oferecer sugestões, nada mais.
Chefe da Fiscalização de Posturas da Prefeitura de Cabo Frio, Eduardo Leal Guimarães informou que está sendo realizado um trabalho de ordenamento da cidade com distribuição de panfletos nos comércios. No cargo há pouco mais de um ano (20 de janeiro de 2006), ele garante que já está tomando providências.
- Estamos visitando os comércios das Avenidas Joaquim Nogueira, América Central e Teixeira e Souza entregando panfletos pedindo que eles deixem as calçadas livres, contribuindo com os pedestres, a fim de evitar multas. Mas nosso foco são as agências de veículos. Eles são muito abusados. Se acham donos da calçada. Atrapalham cadeirantes, pessoas com carrinho de bebê, carrinho de compras.
A primeira fase deste trabalho, segundo Eduardo, consciente na conscientização e notificação do comerciante infrator.
- Não havendo colaboração, vamos autuá-los, e em caso de reincidência, vamos apreender a mercadoria e levá-la para um depósito público, de onde só poderão ser retiradas após pagamento de multa e comprovação de que a empresa está legalizada. Neste sentido, alguns comércios terão problemas, porque muitos funcionam ilegalmente.
Com relação à reclamação dos ciclistas, que ocupam calçadas e postes para guardar o veículo, Eduardo explicou que está trabalhando junto a outros setores da prefeitura, estudando pontos estratégicos para a colocação de bicicletários. Mas, enquanto isso não acontece, os pedestres continuam se arriscando entre os carros.
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