sexta-feira, 2 de março de 2007

ESPECIAL: "O Rio de Janeiro continua lindo"

(texto Leonardo Leite)

"O Rio de Janeiro continua lindo". A música de Gilberto Gil pode não ser nenhuma novidade, mas ainda descreve, muito bem, os encantos da cidade que ontem (dia 1º) completou 442 de fundação. Apesar de todos os problemas comuns às grandes metrópoles, a "Cidade Maravilhosa, cheia de encantos mil", continua sendo "o coração do meu Brasil".
Para marcar a data, muitos do seus cidadãos acham que um bom presente para a cidade seria a paz que tanto os cariocas precisam. Até o cantor Roberto Carlos compartilha esse desejo:
- Gostaria de presentear a cidade dando o direito de os cariocas andarem nas ruas com tranqüilidade.
A Prefeitura, por intermédio da Subsecretaria Especial de Eventos, promoveu duas grandes homenagens: uma à cidade e outra aos 80 anos que o maestro Antonio Carlos Jobim teria completado no dia 25 de janeiro. O evento aconteceu na Praça XV, em frente à Bolsa de Valores, com as participações de Leny Andrade, Os Cariocas e Quarteto em Cy.

"Cidade Maravilhosa, cheia de encantos mil"

O Rio de Janeiro possui diversas atrações turísticas, quase todas ligadas à natureza. A capital é conhecida internacionalmente pela beleza de suas praias e morros, além de possuir a maior floresta urbana do mundo.
A cidade atrai, há décadas, turistas de todo o mundo e não perde o status que conquistou de "Cidade Maravilhosa". O Pão de Açúcar e o Cristo Redentor, lugares que fazem do Rio um grande pólo turístico, dividem atenções com as belas praias e até mesmo com as favelas nos morros, que também são uma atração para os estrangeiros que visitam a cidade.
Sua orla é uma das mais conhecidas do mundo, com praias como Copacabana e Ipanema, imortalizadas nas letras das músicas de Vinícius de Morais e Tom Jobim, entre outros amantes do sol carioca.

"Este samba é só porque Rio eu gosto de você"

Casa França Brasil
Grandjean de Montigny, o arquiteto que chegou ao Brasil com a missão francesa em 1816, foi o autor do projeto do prédio da Casa França Brasil. As edificações que em Roma funcionavam como mercado, banco, tribunal e praça coberta serviram de inspiração ao arquiteto francês. Em 1824, lá se instalou a alfândega e em 1852 foram feitas obras de remodelação com projeto do arquiteto português, Raphael de Castro. Novas remodelações foram necessárias e entre 1956 e 1978 o prédio abrigou o II Tribunal do Juri. Em 1980 foi decidida a utilização do prédio com fins culturais visando o intercâmbio entre os dois países e em 1990 a Casa França Brasil foi, então, inaugurada. Em 1992, também foi inaugurada a sala de cinema e vídeo que homenageia o fundador da "Cinemathéque Française", Henri Langlois. O maior acervo da Casa França Brasil é o próprio prédio construído em estilo neoclássico.
Cristo Redentor
Símbolo turístico da Cidade do Rio de Janeiro, a estátua está plantada sobre uma base de 8 metros de altura. O projeto é do arquiteto Heitor da Silva Costa e foi executada de 1824 a 1931. Possui 30 metros de altura e sua cabeça e mãos são obra do escultor Paul Landowsky. Inaugurada em 1931, sua iluminação foi, ligada, à distância, em Gênova/Itália.
Forte de Copacabana
O Forte de Copacabana construído numa das pontas da Praia de Copacabana em forma de casamata, ocupa uma área de 114.000 m2. Foi inaugurado em 28 de setembro de 1914, servindo como fortificação da artilharia para a defesa da Baia de Guanabara. Sua obra foi concluída no governo Afonso Pena. O episódio conhecido como os "Dezoito do Forte", conflito político entre os militares da época e o governo Epitácio Pessoa, marcou historicamente a vida do forte . O museu abriga acervo que registra a participação do exército na vida nacional dos períodos colonial, imperial e republicano. Além de mapas, equipamentos de guerra e arsenal bélico, o museu exibe valiosa coleção de canhões.
Igreja de Nª Sª da Candelária
A Igreja de Nossa Senhora da Candelária foi construída a partir de 1775, com planta em cruz latina, revestimento interior em mármore, fachada em cantaria e portas trabalhadas em bronze. Toda a história da igreja está pintada em mural. Sua imponência e volumetria destacam-se no eixo da Avenida Presidenrte Vargas.
Jardim Botânico do Rio de Janeiro
Foi criado como Real Horto Botânico em 1809 nos jardins da Fábrica de Pólvora, construída na mesma época. De início, foram cultivadas especiarias e plantas exóticas e, com o tempo, espécimes de todo o Brasil e do mundo. A área do jardim é integrada à mata natural das montanhas circundantes. São destaques: o portão da antiga fábrica de pólvora (transferida do local em 1831); o pórtico da antiga Imperial Academia de Belas Artes, projeto de 1816 do francês Grandjean de Montigny e que ficava no centro da cidade; esculturas diversas; o chafariz central de 1909; a Biblioteca e o Museu Botânico e, finalmente , a aléia das palmeiras (a primeira delas foi plantada por D. João VI quando da criação do jardim).
Museu da República
Atual sede do Museu da República. Com três pavimentos, linhas neoclássicas e fachadas de mármore, à maneira de um palácio renascentista italiano, foi projetado por Gustav Waeneldt para o primeiro Barão de Nova Friburgo, Antônio Clemente Pinto, que nele morou de 1860 à 1864. Adquirido pelo governo federal em 1896,foi reformado naquele ano e sediou a Presidência da República até 1960. Em 1954 o Presidente Getúlio Vargas suicidou-se no Palácio. Móveis finos, lustres em bronze cristal compõe a decoração das várias salas do palácio, devendo-se destacar, ainda a escadaria do hall de entrada, a clarabóia com vitrais decorados no vão da escada e o assoalho de todas as salas do 2º andar trabalhado em marchetaria.
Museu de Arte Moderna
Criado em 1948 ganhou sede própria em 1954 e ocupa hoje uma área de 40.000 m2. O projeto é de autoria do arquiteto Affonso Eduardo Reidy e os jardins de Burle Marx. Em 8 de julho de 1978 90% do seu acervo foi destruído por um incêndio e o Bloco de Exposições só foi reaberto em 1982. Também foram novamente colocados em atividade em 1982, a Biblioteca, o Centro de Documentação e a área de museologia. A Biblioteca guarda cerca de 16.000 volumes; a Cinemateca abriga, entre tantas peças importantes, 23 mil títulos de filmes (a maioria brasileiros) e o acervo de fotografia conta com cerca de 4 mil imagens doadas por seus autores, instituições públicas e a empresa White Martins. O Bloco de Exposições Permanentes dá um merecido destaque à coleção de arte brasileira de Gilberto Chateaubriand.
Quinta da Boa Vista
A Quinta da Boa Vista é o local onde se instalam o Museu Nacional (antigo Paço de São Cristóvão) e o Jardim Zoológico do Rio de Janeiro. Trata-se de um enorme parque com lagos, pontes e cascatas artificiais. O Paço de São Cristóvão foi residência dos dois imperadores brasileiros D.Pedro I e D.Pedro II até 1889 e o museu conta com coleções arqueológicas, etnográficas, antropológicas e de História Natural.
Pão de Açúcar
O Morro do Pão de Açúcar fica na entrada da Baía de Guanabara, tendo 394 metros de altitude. Nele está o ponto final do teleférico, que parte da Estação da Praia Vermelha, com uma extensão total de 1.400 metros. O caminho aéreo chegou ao Pão de Açúcar em 1913. Hoje modernizado, o bondinho é todo envidraçado, oferecendo total segurança aos seus 75 passageiros e permitindo uma visão panorâmica da Enseada da Glória, da Praia e Parque do Flamengo, da Praia de Botafogo, da Praia Vermelha e da Praia da Urca. Do topo do Morro avista-se a Baía de Guanabara, a Praia de Copacabana, a Pedra da Gávea e parte do litoral do Estado do Rio de Janeiro. Outro acesso possível, mas só para os aficionados por escaladas, é por suas encostas íngrimes, que desafiam os melhores alpinistas. O Morro é tombado pelo Patrimônio Nacional.

"Rio 40°: purgatório da beleza e do caos"

Praia da Barra da Tijuca
A Praia fica entre o Canal da Lagoa da Tijuca e a Praia Recreio dos Bandeirantes. Com uma extensão de 18 km, é a maior da cidade. É freqüentada por gente jovem, sendo o trecho mais procurado o que fica em frente à "Barraca do Pepê", quiosque de famoso campeão de vôo-livre, já falecido. O local é considerado uma boa praia para o surf, sendo que nela ocorrem vários campeonatos esportivos.
Praia de Copacabana
É muito difícil para quem visita o Rio resistir ao apelo de seus 80 km de praias. E Copacabana, com a belíssima calçada da Av. Atlântica em pedras portuguesas brancas e pretas que mostram um lindo mosaico no formato de ondas, é a principal responsável por tamanho fascínio. Na verdade são duas praias: Leme e Copacabana, que ocupam uma extensão de 4,15 km.
Praia de Grumari
Sua extensão é de 2.400 metros de areias avermelhadas e águas claras, de tonalidade verde. Sua paisagem natural foi preservada pelos tombamentos dos Patrimônios Estadual e Municipal, que incluem ,ainda, a Praia Funda, Ilha das Peças, Ilha das Palmas, Praia Pequena, Morro de São João da Mantiqueira e Morro de Guaratiba. Nesta região encontramos as Praias do Inferno, Funda, do Meio, do Perigoso e Busos, de pequena dimensão, entre 100 a 250 metros, de difícil acesso e paisagem primitiva. Usualmente freqüentadas por jovens que apreciam as caminhadas e o surf.
Praia de Ipanema
A praia situa-se na restinga, que separa o Oceano Atlântico da Lagoa Rodrigo de Freitas. O trecho denominado Ipanema, com 2,2 quilômetros de areias claras e finas, está entre a Praia do Arpoador e o Canal do Jardim de Alá.
Praia do Leblon
São 1,3 quilômetros de estreita faixa de areia clara e fina, banhada por mar que oscila de calmo a forte. Sua orla conta com quiosques para venda de bebidas e sanduíches, Postos Salva-Vidas equipados com duchas e sanitários, ciclovia e iluminação especial.

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