Entretanto, a colonização e o desbravamento das terras que deram origem ao atual município, foram motivados pela expansão agrícola que se verificou na província do Rio de Janeiro, durante o século XIX.
A riqueza gerada pelo café na província, levou os demais fazendeiros a abandonarem suas antigas lavouras e partirem em busca de terras férteis, apropriadas ao novo cultivo. Chegaram, então, a esta região os colonizadores, que logo substituíram vastas extensões de terra que continham matas virgens, pelas lavouras de café.
O governo da província tomou conhecimento da fertilidade da emergente localidade e, visando o progresso e o crescimento demográfico do povoado, em 6 de outubro de 1851, através da lei n.560, conferiu-lhe a dignidade de erigir uma capela curada, sob a invocação de Santa Tereza, subordinada à freguezia de Nossa Senhora da Glória da Vila de Valença, depois município de Marquês de Valença.
Tamanha foi a afluência e o desenvolvimento da região, que apenas quatro anos mais tarde, o curato de Santa Tereza foi elevado à categoria de freguesia, através da lei n. 814, de 6 de outubro de 1855, ainda subordinada à jurisdição da então vila de Valença.
A economia de Santa Tereza baseava-se, nessa época, quase totalmente nas riquíssimas lavouras de café, embaladas pelos fortes braços dos negros escravizados.
Em 1882 é inaugurada a estação da Estrada de Ferro Rio das Flores, melhorando as condições para o comércio e escoamento da produção de café.
A abolição da escravatura em 1888 foi um golpe fatal para a agricultura da freguesia. Porém, foi lenta, mas gradativa, a sua agonia. Tanto que, dois anos após a promulgação da Lei Áurea, apesar de decadente ainda era subtancial a produção de café e a freguesia foi emancipada da tutela de Valença, passando a constituir uma unidade autônoma pelo decreto n.62, de 17 de março de 1890, localizando-se a sede da nova comuna fluminense na vila de Santa Tereza.
Continuou o êxodo das populações rurais e as remanescentes lavouras de café foram sendo gradativamente substituídas pelas atividades pastoris.
A Vila de Santa Tereza foi elevada à categoria de cidade em 27 de dezembro de 1929, através da lei estadual n. 2335. Em 31 de dezembro de 1943, através do decreto estadual n. 1056, passou a chamar-se Rio das Flores
em razão de percorrer seu território o rio de mesmo nome, nome esse atribuído pela presença nativa de lírios-do-brejo em suas margens.
A economia do município foi sustentada por décadas pela atividade agropecuária, que hoje passa por dificuldades.
Por volta de 1995, começou a ser descoberta uma nova vocação e algumas iniciativas isoladas, hoje mais consistentes e agrupadas, apontam para o turismo como sendo a grande alternativa econômica para o futuro do município. É o café e sua história que vêm embasar essa nova atividade e estão atraindo turistas para Rio das Flores.
Atrativos Turísticos
Cachoeira do Amor - Os atrativos naturais do município e região também têm sido fator de incremento da atividade turística. A privilegiada situação geográfica entre os rios Preto e Paraíba do Sul já seriam suficientes para atrair ecologistas e amantes da natureza. Outros atrativos se apresentam como importantes, como a Cachoeira do Amor.
Esta está situada nas terras da antiga Fazenda Independência, com acesso pela Rodovia RJ-151, a 20 Km da sede de Rio das Flores.
Cachoeira do Amor - Os atrativos naturais do município e região também têm sido fator de incremento da atividade turística. A privilegiada situação geográfica entre os rios Preto e Paraíba do Sul já seriam suficientes para atrair ecologistas e amantes da natureza. Outros atrativos se apresentam como importantes, como a Cachoeira do Amor.
Esta está situada nas terras da antiga Fazenda Independência, com acesso pela Rodovia RJ-151, a 20 Km da sede de Rio das Flores.
Cachoeira do Mirante - Outra importante cachoeira está aberta regularmente ao público, com opção de banho em lago natural e diversas quedas d´água. É a Cachoeira do Mirante, que fica em Belmiro Braga. O acesso acontece no distrito de Manuel Duarte, cruzando-se a ponte sobre o Rio Preto e dirigindo-se para a esquerda.
Cachoeira de São Leandro - A Cachoeira de São Leandro fica localizada a apenas 2 Km da sede do município, no interior do Balneário Municipal e as visitas são gratuitas. A cachoeira serviu, durante muitos anos, à usina de energia elétrica que abasteceu a cidade. Hoje, emoldura o Balneário Municipal com sua belíssima queda d´água, mas as águas são impróprias para banho, o que deverá estar solucionado ao longo de 2004, quando entrar em funcionamento a estação de tratamento dos esgotos sanitários da cidade, já em fase adiantada de construção. O Balneário Municipal tem ainda um lago que recebe as águas da Cascata do Chuveirinho, que são próprias para banho, e uma área de lazer com quadras de areia, play ground, churrasqueiras e bar.
Estrada Real - Apesar de ainda não ter o reconhecimento oficial, Rio das Flores contém um trecho de 17 Km da Estrada Real, cercado de Mata Atlântica e com vistas para os vales do Rio Paraíba do Sul e Rio Preto. A descrição do caminho aberto por Garcia Rodrigues Paes, em direção a São João Del Rei, coincide com o trecho em Rio das Flores, que seria uma variante ou até o próprio caminho original, ligando Paraíba do Sul a Levy Gasparian, na altura do Registro de Paraibuna.
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